Desarmem-se
Há violência de comportamento
No modo de pensar do Homem
No modo de agir do aparelho
De Estado, no aparato policial
No sistema Econômico Nacional
A violência está solta em geral
Há violência no acesso a Justiça
Ao cercear o direito do cidadão
Menos favorecido, na distribuição
Da Renda Nacional, na concessão
Do direito ao emprego para uma
Vida digna, no acesso do individuo
Ao ensino básico, no discurso político...
Dos candidatos a cargos eletivos
Há violência na forma de elaboração
E aplicação de provas para o acesso
Ao emprego público, nas filas dos
Supermercados, nas filas dos coletivos...
Nas tonalidades das palavras, no olhar
Desconfiado do poder constituído, da
Mulher contra o marido, do filho contra
Os pais; há violência demais!
Anda-se armado até os dentes e de repente
A emoção toma conta da razão, tira-se os pés
Do chão e tudo se põem a perder, estressa
O coração e sem razão começa-se a morrer.
As armas do “mocinho” e do bandido nos deixam
Perdidos, sem direção, assustando e fazendo-nos
Prisioneiros dos fuzis e dos canhões. Bate-se leve
No comércio de drogas que afoga o cidadão;
O poder público é cego, surdo e mudo e nega
Qualquer participação... A violência está no ar
E dentro de cada coração...Desarmem-se e vejão
O semelhante como irmão... Aí, podemos nos
Dar as mãos, viver num mundo melhor...
Com equilíbrio entre a razão e a emoção.