Desarmem-se

Há violência de comportamento

No modo de pensar do Homem

No modo de agir do aparelho

De Estado, no aparato policial

No sistema Econômico Nacional

A violência está solta em geral

Há violência no acesso a Justiça

Ao cercear o direito do cidadão

Menos favorecido, na distribuição

Da Renda Nacional, na concessão

Do direito ao emprego para uma

Vida digna, no acesso do individuo

Ao ensino básico, no discurso político...

Dos candidatos a cargos eletivos

Há violência na forma de elaboração

E aplicação de provas para o acesso

Ao emprego público, nas filas dos

Supermercados, nas filas dos coletivos...

Nas tonalidades das palavras, no olhar

Desconfiado do poder constituído, da

Mulher contra o marido, do filho contra

Os pais; há violência demais!

Anda-se armado até os dentes e de repente

A emoção toma conta da razão, tira-se os pés

Do chão e tudo se põem a perder, estressa

O coração e sem razão começa-se a morrer.

As armas do “mocinho” e do bandido nos deixam

Perdidos, sem direção, assustando e fazendo-nos

Prisioneiros dos fuzis e dos canhões. Bate-se leve

No comércio de drogas que afoga o cidadão;

O poder público é cego, surdo e mudo e nega

Qualquer participação... A violência está no ar

E dentro de cada coração...Desarmem-se e vejão

O semelhante como irmão... Aí, podemos nos

Dar as mãos, viver num mundo melhor...

Com equilíbrio entre a razão e a emoção.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 14/08/2006
Reeditado em 14/08/2006
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