A estampa da aparição
Véra Lúcia de Campos Maggioni®
Vera&Poesia®
O vulto do poema se mostra solto
Na visão que se dá em intromissão.
Seus desejos se alastram pela mão -
Quer união – e ao almaço envolto
Na tinta escorrer seu gosto, ilusão.
...A dizer do infinito, da lua, da flor, do ideário
E, a tudo mais ao qual um versejar quer-se fiel,
A mão, mesmo que não saiba das contas do rosário,
Ensaia a graça. O sol do pensamento faz-se pincel
Na planície do refrão, à mão do coração, a flexão.
Odes; essa constante de versos
A cantarolar no cântico do Universo,
Em cortejo - pérolas de um relicário,
Delicada constelação de abecedário!
Risos; dos instantes alegres legando rastros
Pelos veios ondulam em ritmos de brilhos -
No rito brincam em sopros no alabastro,
Filhos de sapiência tinem nos trilhos.
Gritos; expelem ais de pulmões conflituados,
Desenredando sentimentos aprisionados -
Oh, sons das cavernas revoltas,
Na libertação o cantar das aves soltas!
Prantos; fartura de águas, em preito,
Vertidas derramam-se e se revertem no leito
Do que amores, dores e emoções conclamam
Em dias de descompasso, ao passo das estações.
Cantos; vozes da alma ressoam notas aladas,
Tal violino tangenciando, em cordas perfiladas,
Melodia. Sinal de harmonia em aval de sintonia.
Obra-prima na eufonia do esplendor.
Véra Lúcia de Campos Maggioni®
Vera&Poesia®
Em fevereiro de 2010.
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Véra Maggioni