TRIPÉ

Luz.

Porta.

Medo.

Ampute a minha mão se o meu coração

Sentir uma estranha vontade de sumir.

O caminho é facho de vento

Sorrindo para a alma do poeta.

A luz.

A porta.

Ah! Medo.

A alma do poeta é um caminho

Esmolando um sorriso do tempo.

O poeta tem nos olhos um facho

De idéias que vão morrendo

Ao menor toque do vento.

A luz fecha a porta.

O medo recosta na parede.

A alma sente a necessidade de música

Mas só o vento tem o violão.

A vida geme.

O poeta chora.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 26/03/2010
Código do texto: T2160709