TRIPÉ
Luz.
Porta.
Medo.
Ampute a minha mão se o meu coração
Sentir uma estranha vontade de sumir.
O caminho é facho de vento
Sorrindo para a alma do poeta.
A luz.
A porta.
Ah! Medo.
A alma do poeta é um caminho
Esmolando um sorriso do tempo.
O poeta tem nos olhos um facho
De idéias que vão morrendo
Ao menor toque do vento.
A luz fecha a porta.
O medo recosta na parede.
A alma sente a necessidade de música
Mas só o vento tem o violão.
A vida geme.
O poeta chora.