Solidão

Perdida no meio da noite,

No silêncio,

Na escuridão,

Onde nada me perturba,

Nada me convém,

Nada me derruba,

Sou eu e a solidão.

Eu sinto que minha alma aparece,

Eu vejo tudo o que realmente sou e tudo o que desejo,

Fico ali, parada, pensando,

E é ali que me resolvo, é ali que me dissolvo,

É sozinha, que eu tenho forças para continuar.

Quando estou,

Eu e a solidão,

Minha alma explode,

O Ruído ecoa por todos os lados,

Mas ninguém ouve,

Ninguém se manifesta,

Todos continuam suas vidas.

Minha alma se entristece,

Enrijece-se,

Tenta se consolar,

Mas de repente ela morre,

Ali ela dorme,

No dia seguinte finge que se esquece,

Novamente se esconde,

E padece!

Eu com o riso nos lábios

Mas com uma lagrima na alma.

Eu com o canto feliz na carne,

Mas com o silêncio absoluto na alma!

Julia de Moraes
Enviado por Julia de Moraes em 26/03/2010
Reeditado em 28/03/2010
Código do texto: T2160521
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