Solidão
Perdida no meio da noite,
No silêncio,
Na escuridão,
Onde nada me perturba,
Nada me convém,
Nada me derruba,
Sou eu e a solidão.
Eu sinto que minha alma aparece,
Eu vejo tudo o que realmente sou e tudo o que desejo,
Fico ali, parada, pensando,
E é ali que me resolvo, é ali que me dissolvo,
É sozinha, que eu tenho forças para continuar.
Quando estou,
Eu e a solidão,
Minha alma explode,
O Ruído ecoa por todos os lados,
Mas ninguém ouve,
Ninguém se manifesta,
Todos continuam suas vidas.
Minha alma se entristece,
Enrijece-se,
Tenta se consolar,
Mas de repente ela morre,
Ali ela dorme,
No dia seguinte finge que se esquece,
Novamente se esconde,
E padece!
Eu com o riso nos lábios
Mas com uma lagrima na alma.
Eu com o canto feliz na carne,
Mas com o silêncio absoluto na alma!