Jai guru deva. Om.
esta fina fita de fumaça envolve
tua cintura fina em face
já dos cabelos soltos no rosto -
talvez se esconda bem dos outros
quem sabe -
mas de mim?
conheço tua cadência
tua ciência é feitiçaria
rítmica
que tanto tens nas linhas
do teu abdômen
que as palmas das tuas mãos
onde meu rosto esconde
à língua perco a fala inteligível
viro sonho de um sem número de vícios
coletivos que tantos têm?
fumaça dá e passa
se você chama eu vou
se fica eu mesmo faço
folgo no colchão
se foge eu armo silêncio
mas quanto pode durar
esta fita que invento?
se a poesia fosse uma faca
seria promessa de serotonina
mas o fio é cego feito a farsa
que desfiz ao longo destas linhas