Dois pingos de água benta

Amendoeiras vestidas de flor

Romanescas vestes de cetim

Veneno doce e inócuo

Canto lírico em falsete

Tudo o que a minha alma

Tem gravado a cursivo

Num grifo alucinado e dolente

Já a morte se vê compassiva

Inelutável a dor que a ausenta

O óbolo que prolonga a vã azia

Invectiva-se a flecha nociva

Contra aquele que ousa ser gente

O antídoto, dois pingos de água benta

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Fana
Enviado por Fana em 25/03/2010
Código do texto: T2158356
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