O OLHAR CIRCUNSTÂNCIAL DA MORTE
A primeira vez que olhei para a morte
Achei-a indiferente,
Tão quieta,dormindo,
Que nem tive ânsias de medo.
Depois vi-a novamente e tive medo
(Talvez por um olho de vidro)
Não dormia com luzes apagadas,
Não dizia alto a palavra morta.
Hoje vejo a morte sem surpresas,
Vejo-a como um abandono,
Um sono pesado e calmo.
Hoje vejo como antigamente,
Apenas uma tristeza em saber
Que olhar para a morte é não ver.