EXORBITANTE ZORBA

Vou-me embora pro meu mundo

donde jamais deveria ter saído.

Emprenho-me, fico fecundo,

donde sempre renasço e sou parido!!!

Minha órbita exorbita...

minha gravidade gravita

estive estando perdido

me achando infinito

ponto de partida...

Me embriago no oxigênio

- câmbio ex-change & morango

alaranjado... suborno sufocado

não me troco por nada...

Escutando o silêncio

estouro os tímpanos

exulto aos tímbales

de timbaus desentoados...

Volto ao planeta do meu fundo,

dos baús e dos cascalhos...

arrepio com o pio do orvalho

e vinho curtido no carvalho.

Passo da vida pra vida

e não me falem em retorno...

caminho one way

das feridas que curei.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 24/03/2010
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