Consolo

Põe teu sono como selo

sobre o enfermo e dedicado

e há tempos morto e soterrado amor

pelos séculos passados em aparentes madrugadas

de completa solidão

Dormir é fuga como lágrima sem culpa soa frágil

ao tato fácil e inconcebível da presente aflição

Acolhe-te a ti mesmo à memória fetal

que o corpo denuncia em casta sobriedade

e faz nascido na realidade crua da miséria interior

A busca é por si mesmo e assim sempre será

pois o vazio é amplo como a dor

que não passa

Belfort
Enviado por Belfort em 24/03/2010
Reeditado em 22/10/2010
Código do texto: T2156896
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