Caminhos (dedicado á Carlos Drumond de Andrade)

No meio do caminho têm famintos

Têm famintos no meio do caminho

Têm famintos

No meio dos caminhos têm famintos

Nunca mais esquecerei desses acontecimentos

Na minha vida

Da covardia de meus olhos

Submisso ao movimento do pescoço

Nunca mais me esquecerei que no meio do caminho

Tem corpos famintos

Têm famintos no meio do caminho

No meio do caminho têm famintos