À Poesia
Morreu!
Morreram minhas ideias
e com elas minhas poesias.
Viveram pouco, morreram cedo.
O que matou minhas rimas?
Já não faço nem as mais simples...
A verdade é que eu sei.
Eu sei...
E eu digo a você que escreve:
A poesia é ciumenta.
Não pode ser apenas deixada de lado.
Será isso então?!
Será castigo por abandonar a escrita?
Oh não! O que foi que eu fiz?!
Perdoa-me poesia!
Visita-me mais uma vez a alma.
Preencha-me com sua doçura,
com o ardor de suas palavras
de tantos e tantos significados.
Venha poesia!
Por favor...
Eu quero adornar mais uma vez
uma parte de seu jardim mágico.
Pois as mais belas flores
brotam de você, oh poesia.
E quero estar entre elas
Para enfeitar o mundo de frases e versos
e versões novas de frases já ditas
com palavras que não possuo.
Mais sim, possuo o poder de uni-las!
Como um lindo mosaico,
coloca-las juntas, unidas em linhas.
Me concede sua bênção poesia...
Devolva-me as rimas.
Pois essas linhas talvez um dia
possam preencher o sorriso de alguém,
uma vida...
Consolar, indignar, revoltar
ou dar alegria.
E é isso ao que chamo de poesia.
E é por isso que te chamo...
Poesia.