À Poesia

Morreu!

Morreram minhas ideias

e com elas minhas poesias.

Viveram pouco, morreram cedo.

O que matou minhas rimas?

Já não faço nem as mais simples...

A verdade é que eu sei.

Eu sei...

E eu digo a você que escreve:

A poesia é ciumenta.

Não pode ser apenas deixada de lado.

Será isso então?!

Será castigo por abandonar a escrita?

Oh não! O que foi que eu fiz?!

Perdoa-me poesia!

Visita-me mais uma vez a alma.

Preencha-me com sua doçura,

com o ardor de suas palavras

de tantos e tantos significados.

Venha poesia!

Por favor...

Eu quero adornar mais uma vez

uma parte de seu jardim mágico.

Pois as mais belas flores

brotam de você, oh poesia.

E quero estar entre elas

Para enfeitar o mundo de frases e versos

e versões novas de frases já ditas

com palavras que não possuo.

Mais sim, possuo o poder de uni-las!

Como um lindo mosaico,

coloca-las juntas, unidas em linhas.

Me concede sua bênção poesia...

Devolva-me as rimas.

Pois essas linhas talvez um dia

possam preencher o sorriso de alguém,

uma vida...

Consolar, indignar, revoltar

ou dar alegria.

E é isso ao que chamo de poesia.

E é por isso que te chamo...

Poesia.

David R
Enviado por David R em 23/03/2010
Código do texto: T2154932
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.