Encante-me
Na vida necessitamos de encantamentos, mesmo que seja sem perceber, disfarçadamente, fingindo não querer.
Surpreender ao outro, um beijo sincero, um olhar meigo, um gesto calmoso, no ar a situação uma louca sedução fazer pulsar mais forte o coração.
Seja com emoção,seja com vibração,seja com atenção mostrar a comoção por sentir vontade de encantar, de alma e coração.
Não esquecer que o que levamos e deixamos da vida são momentos, são pessoas, são atitudes, são carinhos,gestos espalhados por horas, minutos, segundos, anos, dias, meses.
A vida é pequena d+ para passar em branco.Pela manhã uma linda rosa cheirosa, ao fim do dia uma flor esquecida e murcha, assim é a nossa vida, rápido tudo passa, não fique na vontade faça!
---->"BlackBells".
Encante-me da maneira que quiser,como souber.
Encante-me para que eu possa dar-me.
Encante-me nos mínimos detalhes.
Saiba sorrir-me com aquele sorriso malicioso e gostoso,inocente e carente.
Encante-me com as mãos,gesticule quando for preciso, toque-me, quero correr esse risco.Acarinhe-me se quiser, vou fingir que não entendo,que nem queria esse momento.
Encante-me com os seus olhos olhe-me profundo, mas só por um segundo,depois desvie o seu olhar como se o meu olhar não tivesse conseguido encantar-te.Então volte a olhar-me tão profundamente que eu fique perdida sem saber o que dizer.
Encante-me com as suas palavras.Fale-me dos seus sonhos dos seus prazeres.Conte-me os seus segredos os seus medose depois diga-me o quanto eu te encantei.
Encante-me com serenidade mas não se esqueça também tem que ser com simplicidade, não pode haver maldade.
Encante-me com uma certa calma,não tenha pressa, tente entender a
minha alma.
Encante-me como fez com a primeira namorada,sem subterfúgios, sem
cálculos, sem dúvidas, com certezas.
Encante-me na calada da madrugada,na luz do sol ou debaixo da chuva.
Encante-me sem dizer nada ou até dizendo tudo,sorrindo ou chorando, triste ou alegre.
Encante-me de verdade, com vontade, que depois
eu confesso-te que me apaixonei e prometo encantar-te todos os dias ...
(Pablo Neruda)