Ser...
Ser...
De duplo
há o dúbio
E o prelúdio
anuncia um
novo turno
Turno enturmado
na revelação da hora
e o possível vir a ser
é desde já sendo
Das horas o ópio
mata o que se foi
e conserva o pensar
do que morreu
A falência reduz o agora
e ao ontem mantém-se
onde o ontem é agora
e o agora não o é sem ontem
Por pensar o que pensa
já pensado em prova
é jogado na berlinda
o que é para saber se é
E de um todo se abunda
de um nada que nunca
é só nada
no buraco sem fundo
do SEMPRE
aspecto que jamais
será NUNCA
Ass: Danielle Rodrigues Guimarães