À Vida um moinho...
Um mundo é pouco à vida um moinho...
A vida que te retém entre o sono
e o rapel – é isso – às vezes ócio
às vezes fúria.
Pense transparente ou à pedra:
- abrir a barriga do mundo!
Pense – um amanhecer – sublime
entre escovar os dentes e a
privada!
Dar de sentir à vida? -Tolos todos!
E um menino na contramão.
Sinta os aromas e o gosto... (é meio-dia):
se panela cheia – o apetite míngua.
Se vazia a fome vora de roer os
próprios dedos.
Seja homem! Um herói ou proscrito
em própria – lei. Em caso de se fazer
memória só existe se pensado.
Mas que se lembre num entardecer...
Entre todos - esqueça os dias de tédios.
Vá à rememória do mais tranqüilo
quando o corpo fez Amor
e adormeceu...
Em síntese – hora de travessia (instante) quando
a criatura tem olhos de perfeição:
- A vida volta-se-lhe - Um Botão.
Retido o tempo entre um beija-flor e um girassol -
abrem-se portas e janelas.
Principia a Eternidade...