Memórias

Tudo o que vivi me pertence.

Mesmo que haja vestígios recortados de dor,

ainda assim me pertence e eu não abro mão de cada detalhe.

É assim, numa infinidade de recortes, tão elaborados em entalhe,

fazem valer os vazios que com sorrisos preencho...

Nunca esmoreci diante do difícil e às vezes desdobrei o impossível,

nos limites da euforia que me traziam as novidades.

O que é a saudade, diante do que já foi depositado em meu coração?

Quando me distraio com as lembranças, ao ponto de interromper uma leitura deitando o livro no colo, penso em amadurecimento...de uma vida tão disposta ao sentimento quanto a praia ao mar...

Às vezes me sinto um arquivo vivo, onde vez ou outra puxo uma pasta no armário da memória e me divirto, revivendo amores, sangrando algumas dores e sentindo os mesmo sabores de um gosto que foi tão bom...

OLHOS RADIANTES
Enviado por OLHOS RADIANTES em 20/03/2010
Reeditado em 21/03/2010
Código do texto: T2149806
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