ESCRAVO DO AMAR




Noite que embriaga a ponto de persuadir-me
estando tal como abandonado, de teus abraços furtado
Sinto o luar em encanto a invadir-me
Com tua imagem a refletir as lágrimas do mar calmo e salgado

Perdura, sim, a lembrança do que se findou
entre gestos e rompantes de um grande amor
Nas estrelas cintilantes de quem um dia ousou
mirar nos olhos da alma e ver estremecer a dor

Quem dera a inútil saudade cessasse
neste vento que meu pranto sussurra no ar
Sendo leve como um canto logo te encontrasse
revelasse as palavras que o coração quis silenciar

E neste ser que há muito padece
no amor que transborda e só faz aumentar
e teus carinhos muito apetece
este escravo que só vive por te amar.


           

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 20/03/2010
Reeditado em 30/01/2011
Código do texto: T2149345
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