Profundidade

Em obscura noite acertou-me o peito um punhal,

Transpassou-me uma lâmina afiada

Causando-me insuportável dor

que me extinguiu as forças,

Tirou-me a razão, lançando-me na escuridão

Junto à saudade

Saudade que nunca cessa e leva-me à profundidade

De um abismo onde apenas encontro lembranças

De um tempo que se foi em tenebrosa escuridão

agora encontro-me neste abismo brutal em que tudo se perdeu...

Tamanha é a profundidade que

Talvez não encontre o fim...

Porém derramo-me dentro dela obstinadamente em

busca de mim, desejo desatar a mim mesma,

Encontrar-me onde me perdi, onde me deixei, onde me

Esqueci...

Obrigada por tão bela interação, caro poeta!

Tão profunda és, alma pura,

fala e age com a razão,

tal e qual a rosa púrpura,

enfeita o sol com clarão,

com o seu sorriso cura,

a dor da desilusão.

(Renato Lima)

Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 20/03/2010
Reeditado em 23/03/2010
Código do texto: T2148535
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