A MINHA CARNE.

Embora eu louve os Céus

Por sua graça sem par

e por seus cuidados eu tenha

Os anjos a me guiar.

Minha carne é a minha cruz,

Uma espada desembanhada

Que me reprime

Que me afasta da cruz.

Minha carne tem o poder

de feroz tormenta

Ela luta com minha alma

Ela é quem me condena!

A minha carne mundana

pecaminosa e quente.

Navega em rios de prazeres

Aprisionada por seus quereres.

A minha carne é invólucro imundo

Guardando as porcarias passadas

As cicatrizes que deu-me o mundo.

A minha carne macia, profana e suja

perfumada de perfumes de luxúria

É o meu purgátorio, traz meu histórico

Não me permite fugas!

A minha carne, perfeito banquete

para os vermes

E para o homens

Que a desejam!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 19/03/2010
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