A MINHA CARNE.
Embora eu louve os Céus
Por sua graça sem par
e por seus cuidados eu tenha
Os anjos a me guiar.
Minha carne é a minha cruz,
Uma espada desembanhada
Que me reprime
Que me afasta da cruz.
Minha carne tem o poder
de feroz tormenta
Ela luta com minha alma
Ela é quem me condena!
A minha carne mundana
pecaminosa e quente.
Navega em rios de prazeres
Aprisionada por seus quereres.
A minha carne é invólucro imundo
Guardando as porcarias passadas
As cicatrizes que deu-me o mundo.
A minha carne macia, profana e suja
perfumada de perfumes de luxúria
É o meu purgátorio, traz meu histórico
Não me permite fugas!
A minha carne, perfeito banquete
para os vermes
E para o homens
Que a desejam!