CASA MINHA PRISÃO

Ando por essa casa de cômodos escuros

Onde ouço apenas meus passos

Passos esses que denunciam a solidão

Procuro pela luz, mas encontro a angustia,

E a cada reposta, um novo por que,

E dessa maneira sofro ainda mais

Sinto-me, perdido por entre o caos,

Que deseja encontrar sua razão

E se eu pudesse materializar essa dor

O grito expressionista de Munch

Seria o mais aproximado de tal sensação

Ando por essa casa de cômodos escuros

Em que talvez não exista saída

Ando por essa casa de cômodos escuros

A perguntar-me sobre a vida

Ando por essa casa de cômodos escuros

Entre o cociente e o inconsciente

Ando por essa casa de cômodos escuros

Essa minha casa, chamada mente.

Néscius Lourenço
Enviado por Néscius Lourenço em 19/03/2010
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