CASA MINHA PRISÃO
Ando por essa casa de cômodos escuros
Onde ouço apenas meus passos
Passos esses que denunciam a solidão
Procuro pela luz, mas encontro a angustia,
E a cada reposta, um novo por que,
E dessa maneira sofro ainda mais
Sinto-me, perdido por entre o caos,
Que deseja encontrar sua razão
E se eu pudesse materializar essa dor
O grito expressionista de Munch
Seria o mais aproximado de tal sensação
Ando por essa casa de cômodos escuros
Em que talvez não exista saída
Ando por essa casa de cômodos escuros
A perguntar-me sobre a vida
Ando por essa casa de cômodos escuros
Entre o cociente e o inconsciente
Ando por essa casa de cômodos escuros
Essa minha casa, chamada mente.