PRISIONEIROS DO TEMPO
Já é hora-tormento
de se levantar.
Banhar-se em minutos,
Arrumar-se correndo
E a rotina começar.
Lá fora o consolo:
Sol, luz...vida!
E o tempo a passar.
Em nós preocupações.
As horas a olhar,
É correr contra o tempo,
Senhor do momento...
Da vida, a passar...
Prisioneiros do tempo,
Cumprimos as horas...
Guardiãs do tempo,
Necessárias, incontáveis,
Repetindo-se...
Nos milésimos de segundos
Do trabalho interminável
Que nos vai libertar.
Já é hora-alívio
Das mentes cansadas,
Com lanches e almoço,
Bem/mal se alimentar.
Refazer-nos do embate
Digerindo em movimento,
E enfrentar novo tempo
Da labuta diária...
Prima-irmã das horas--
Elo dos tempos
A nos aprisionar!
E na hora do alento,
Dissociados com o tempo,
Corpo e alma em exaustão,
Esquecemo-nos da vida,
Do afago...do beijo,
Do toque de mãos.
E, mesmo em família,
Cedemos ao tempo...
Aceitamo-lo com prisão!