PRISIONEIROS DO TEMPO

Já é hora-tormento

de se levantar.

Banhar-se em minutos,

Arrumar-se correndo

E a rotina começar.

Lá fora o consolo:

Sol, luz...vida!

E o tempo a passar.

Em nós preocupações.

As horas a olhar,

É correr contra o tempo,

Senhor do momento...

Da vida, a passar...

Prisioneiros do tempo,

Cumprimos as horas...

Guardiãs do tempo,

Necessárias, incontáveis,

Repetindo-se...

Nos milésimos de segundos

Do trabalho interminável

Que nos vai libertar.

Já é hora-alívio

Das mentes cansadas,

Com lanches e almoço,

Bem/mal se alimentar.

Refazer-nos do embate

Digerindo em movimento,

E enfrentar novo tempo

Da labuta diária...

Prima-irmã das horas--

Elo dos tempos

A nos aprisionar!

E na hora do alento,

Dissociados com o tempo,

Corpo e alma em exaustão,

Esquecemo-nos da vida,

Do afago...do beijo,

Do toque de mãos.

E, mesmo em família,

Cedemos ao tempo...

Aceitamo-lo com prisão!

TEU MENESTREL
Enviado por TEU MENESTREL em 19/03/2010
Código do texto: T2147476
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