Dito
Dito
Não sei dizer nada como deve ser dito, apenas digo.
Escrevo por impulso, por insônia ou algo específico.
O que não exemplifico é o que com mais me encontro,
por ser fato, por ser mero, por acaso.
Subo e desço nos andares de um prédio em construção
como quem fiscaliza a obra em andamento.
Ao dia tento, à noite esqueço.
Fato no olhar, olho no olho
cansaço em querer desvendar
o quanto ainda, a ser feito...
retorno e recomeço.
Digo não e o sim se assemelha.
se nada digo
mero fato casual, me revela
e encerro sem nada pronto, em conflito.
J.V.S.