Ela
Queixos caem quando ela passa.
Prazer no olhar dado de graça.
Não sei se deslumbra ou chama atenção.
Mistura de encanto e tentação.
Em cada passo dela
Um coração bate mais forte.
Tão bela menina,
Deve ser sorte.
Sorte de todos que podem olhar,
Sorte de poucos que a puderam beijar.
Deus, pai! Mãe! Só Ele pode ter feito
Uma loira ou ruiva desse jeito.
Já diz o ditado que nada é perfeito,
Mas se disser que é mentira eu aceito!
Chega a ser difícil compará-la com outras mulheres
De carne e osso, cobertas por pele.
Ela, que com ceda se cobre
E por dentro se enche
Com tudo de bom que existe na gente.
Ela que nos olhos esbanja sedução
E que nos poetas instiga inspiração.
Ela que desfila pelos corredores
Distraindo poetass e trovadores.
Ocupa os sonhos dos que dormem,
Desperta sonhos nos acordados.
Muitos lamentam: “- Ela tem namorado!”
Já outros deixam o preconceito de lado
Com a esfarrapada desculpa
De que olhar não tira pedaço.
Ainda bem!
Não existiria “Ela”, caso contrário!
Walter Vieira da Rocha, 11 de março de 2010 às 00:05 horas.