Marcas

Marcas, apenas poucas marcas restam

De um passado de glórias e amor

Agora eu sei como os rumos mudam

E como os ventos do destino sopram pra longe

Eu poderia ter acreditado em mim mesmo

Eu poderia ter vivido uma outra vida

Mas me dei como dádiva a você

E senti o quanto essa ferida toma a alma

Hoje vejo esse céu tão morto

E isso faz as feridas sangrarem novamente

Como pude deixar minha alma morrer também?

Como pude dar a você um pedaço da minha vida?

As palavras cercam a mente em decadência

Apenas um último fôlego de vida resta

Pra essa magia criada e amaldiçoada

Pelas suas palavras, inocentes e fatais

Hoje nem sei como me mantenho aqui

Vivo sem alma, sem horizontes

Sigo um caminho pra longe de casa

Pra longe daquilo que me dá um pouco de calor

Minhas lágrimas são como pétalas

De uma rosa morta, triste jardim

Sei que no final das contas

O meu erro foi ter acreditado

Seria eu condenado sem culpa?

Ou apenas mais um levado por máscaras da solidão?

Nem mesmo meu amor te perdoaria

Pois você cravou essa espada em meu coração

Vim do escuro e pras sombras voltarei

Peregrinando por suas dúvidas e esperanças

Aniquilando cada sorriso paradoxo

Vivendo a morte do meu amor por você