A dengue mata

Encontrei um foco de larva de aeds aegypit.

Veja o que o pai dele ironicamente me falou:

Em um copinho vazio, umas vasilhas,

Uma tigelinha, uma garrafa sem tampa,

Ou sacola plástica jogado ao chão

Crio meus filhotinhos com satisfação.

De sete em sete dias vem uma nova geração,

Pode matar os adultos, que as larvas não matam não.

Mesmo depois de dois anos sem água ainda sobrevivo

Mas chove quase todos os dias,

Então isso não e problema não.

Sou pequeno, sou forte e tenho muitos aliados,

Fornecendo-me abrigo aparando-me como irmão.

Mas depois eu me aproveito sugando seu sangue saboroso,

Uma gota do vosso sangue para vocês não faz falta não.

Necessito desta gota para fertilizar,

Outra, e mais outra, e mais outra geração.

Deixo sobreviver os meus filhos bem livre

Para se fartarem como eu.

Vocês é que se protejam meu irmão,

É a luta pela vida, e os meus aqui bem vivo estão.

Só depende de vocês eliminarem a contaminação,

Se for feito bem feito e com seriedade,

O medo se ameniza, o coração não mais se abala,

Em ver seu filho sofrendo, às vezes morrendo,

Sobre um leito enfermo pela dengue,

Pelo seu desinteresse em somar com seus amigos e vizinhos,

Eliminando focos, alertando toda população,

Se não ainda, mais prolifero.

Ai não tem mais jeito não.

Dengue mata pode acreditar.

Dalmo 18/03/2010

DALMO SOUSA
Enviado por DALMO SOUSA em 18/03/2010
Código do texto: T2146112
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