Noturna aventura..

    Atravessar, dos sonhos as gradarias...
    Qual vate,despertar monstros noturnos,
    Fantasmas e  enigmas vestidos de luar...
    No vau da noite arrancar máscaras.
    Descer, das trevas os degraus
    Levando de uma estrela solitária,
   Apenas a discreta luz mortiça
   E, num gesto supremo, descortinar 
   Da alma o espelho... Contemplar-se  sem enfeites.
   Despir-se da ilusão no ritual de uma missa...
   E aos poucos, passo a passo,
   Devoto, descobrir-se, nú, despojado...
   Ah... Repousar enfim!
   Abrigar-se  no sóbrio regaço,
   Sim, no sóbrio no regaço da verdade
    Descobrir-se assim:
  __  Livre, único e talvez... Só.