Fim do dia.
O sol despedia-se do dia, anunciava seu ocaso...
Negras nuvens de estranhas formas,
acomodaram-se pelo poente.
Um vento incontrolável, surgindo no meio do nada,
rapidamente levantou colunas de areia,
assustadoras cortinas que nos envolveram,
paredes que nos cegaram,
batendo com violência em nossos corpos.
O vento seguiu num festival de raios e trovões
que, como dominando o mundo,
disputavam seu rugir com o mar escarpeteado,
altas e enfurecidas ondas, como que gritando poderes
e mostrando uma natureza ensandecida pela tempestade.
E caiu a chuva em grossos pingos,
lágrimas copiosas que o céu, antes azul,
derramava pelo fim de um entardecer dourado.
Não durou muito, nada dura muito.
Tudo é efêmero como efêmeros são os momentos,
rápido como o amor passando em nossas vidas...
Antes que a noite instalasse seu manto, tudo emudeceu.
Um arco-íris coroou o fim da tarde
e trouxe cores antes do escuro dominar a terra.
Tranqüilo e serenamente, silenciosamente calmo,
o mundo preparou-se para dormir...(IDA)