O silêncio é meu... todo!
Tomo a noite como a última amante na face da terra
Conhecedora do melhor e do pior de todos os meus sonhos
E que madrugadas adentro semeia toda a força do pensamento
É noite dentro de mim e todo esse absurdo silêncio
Haverá de ser quebrado com o primeiro raio de sol
Com essa luz que me rasga as entranhas e se derrama
Com essa chama que me queima por dentro
Essa poesia que o viver sempre me arranca

Dói amanhecer, mas viver é muito mais que uma dor
Porque o dia é meu com tanto dessa vida
Que ainda que se arraste e me desgaste
Ainda que me ponha no chão
É de onde ainda me brotam os sonhos

Mergulho nesse abismo, o dia, profundo
Quebro silêncios, devoro pensamentos
E vou digerindo esses momentos
Pelo simples motivo de estar vivo...

 
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 16/03/2010
Reeditado em 28/08/2021
Código do texto: T2142594
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