AOS HOMENS E AOS DEUSES, A GLORIA É FINITA E A MORTE, CERTEIRA

Aqueles que zombam, eu declaro

O tudo será nada, diante da força

Diante da perseverança indômita

Do que chamam guerreiro escarlate

Toda a gloria é insensata

Toda vaidade, é torta

Toda beleza é morta

Fingidora é a certeza

Da vitória anunciada

Pensam que aos seus pés,

Os tapetes vermelhos

Dar-lhe-ão sustentação,

Temerário alicerce

Não é o sonho da vitória certa

Nem tão pouco, as medalhas douradas

Que farão herói, o tolo engodo

É mais, é simples, é menos

A empreitada pedregosa e dorida

A tempera regada a lágrima e suor

O torpor cadente do corpo que não cai

Olhar ardente da febre indomada

É a caminhada que faz o destino

A sujeira que faz o menino

Do menino, joelho esfolado

Que se faz o homem

Cante hinos de louvor aos deuses

Dance sob o fogo da alegria passageira

Adorne o corpo com júbilos e gargalhadas

Durma o sono dos poderosos efêmeros

Mas não se iluda com a aurora rubra

Horizonte fumegante e quente

Pois toda a batalha termina

Quando a nova começa.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 16/03/2010
Reeditado em 16/03/2010
Código do texto: T2140864
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