BAILE MORTAL
A treva convida a luz
Conceda-me a contradança
Abraçam-se, entrelaçam-se
Treva e luz em torvelinho
Apertam-se, ajuntam-se mais e mais
Por minutos de fulgor
Depois negror
Um no outro se completa
Falha, declive, torpor
Estranham-se e enervam-se
E se agarram e se esganam
Não há vencido
Nem vencedor
Do longo e ensandecido beijo
A música acelera
E rodopia
Brasa e rubi
Os dois gigantes se medem
Se ferem
Um do outro não desiste
O outro com o um insiste
Entregam-se ao êxtase
E adoram ser e não ser
Surreais
Tal um desenho de Dalí
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ALEGRIA PELA PARTICIPAÇÃO DO COLEGA, O ESCRITOR J. ESTANISLAU FILHO. OBRIGADA PELO PRESTÍGIO.
Essa díade que todos os dias/coloca-nos contra a parede/é serpente que agarra fria/ estratégia para esquentar a rede.