O declínio da disciplina

Olhamos para o horizonte estelar

Para as mais altas montanhas e buscamos a eternidade

Mas, não olhamos para dentro de nós mesmos

A cobiça é a represália audaciosa da fraternidade

À sombra de uma igreja, mantive-me em pecado

Aí está a liberdade de louvar, receber perdão, honrar os pais

Sem esclarecimentos ao padre, refugio-me no Senhor

Essa é minha prepotência, meu clamor

Pois, tudo foi planejado

A ordem, a desordem, o caos e as coisas

Descortine tua visão, veja além

Abra tuas portas da percepção, o quanto lhe convém

Quando examinava a velha parede

Percebi as rachaduras ruírem-na

Nada pude fazer, senão contemplá-las

Isso pode ser considerado relativismo filosófico?

Um espírito revolucionário desafiador

Blasfema contra os dogmas, as autoridades

Será ele, como as fissuras na parede?

Prega a anarquia, odeia a engenharia

Tatuaste algarismos arábicos para não esquecê-los

Um nobre orador, explanando uma causa vil

Acene para as prostitutas, incendeie as bibliotecas

Calunie as autoridades, cumprimente o inimigo

Confunda-te com os leigos, use Abel contra Caim

Apodrecedor de matéria orgânica

Conspurcador apertando o gatilho, levando os pecados ao limite

Dispare o tiro, dê-me a eternidade, apresente-me a Afrodite

Sempre procuraste a verdade

Mas nunca amou a verdade, verdadeiramente

Não demore, diga uma palavra!

E entrarás na morada celeste voluntariamente

Ajunte as pedras e depois as atire

Sei quem tem o telhado de vidro

Avisar-te-ei quando terminares a tarefa do ajuntamento

E vendo o monte, sentirás orgulho, lá está a Matriz

Mas, lembre-se:

Ninguém poderá ser seu próprio juiz

Marciano James
Enviado por Marciano James em 15/03/2010
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2139714
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