O declínio da disciplina
Olhamos para o horizonte estelar
Para as mais altas montanhas e buscamos a eternidade
Mas, não olhamos para dentro de nós mesmos
A cobiça é a represália audaciosa da fraternidade
À sombra de uma igreja, mantive-me em pecado
Aí está a liberdade de louvar, receber perdão, honrar os pais
Sem esclarecimentos ao padre, refugio-me no Senhor
Essa é minha prepotência, meu clamor
Pois, tudo foi planejado
A ordem, a desordem, o caos e as coisas
Descortine tua visão, veja além
Abra tuas portas da percepção, o quanto lhe convém
Quando examinava a velha parede
Percebi as rachaduras ruírem-na
Nada pude fazer, senão contemplá-las
Isso pode ser considerado relativismo filosófico?
Um espírito revolucionário desafiador
Blasfema contra os dogmas, as autoridades
Será ele, como as fissuras na parede?
Prega a anarquia, odeia a engenharia
Tatuaste algarismos arábicos para não esquecê-los
Um nobre orador, explanando uma causa vil
Acene para as prostitutas, incendeie as bibliotecas
Calunie as autoridades, cumprimente o inimigo
Confunda-te com os leigos, use Abel contra Caim
Apodrecedor de matéria orgânica
Conspurcador apertando o gatilho, levando os pecados ao limite
Dispare o tiro, dê-me a eternidade, apresente-me a Afrodite
Sempre procuraste a verdade
Mas nunca amou a verdade, verdadeiramente
Não demore, diga uma palavra!
E entrarás na morada celeste voluntariamente
Ajunte as pedras e depois as atire
Sei quem tem o telhado de vidro
Avisar-te-ei quando terminares a tarefa do ajuntamento
E vendo o monte, sentirás orgulho, lá está a Matriz
Mas, lembre-se:
Ninguém poderá ser seu próprio juiz