Com uma leve sensação
Um alívio,um sopro deixava jorrar
meus pensamentos livres no ar
procurando um lugar para pousar...
Eram emoções, guardadas lembranças
de olhos no tempo todo a me vigiar
amanhecendo nos varais da vida...
queria algo para deixar sem mais chorar.
Quem sabe uma oração, uma prece
naquela agora casa tão vazia
onde o leito amanhecia cheio de amor
a primavera acordava todos os dias
e as noites não eram tímidas...
Acontecia a paz silenciosa, macia
onde o vento alimentava tantas esperanças
como o nectar da certeza
saciando a sede do bem querer.
Assim como as verdades das nuvens,
como o fim dos caminhos,
os destinos em paralelas...
só restou a dor da saudade
e a alma sem alma ...
Amanhã, quem sabe um dia
naquela rua,naquela esquina
no calor das ondas
ao sabor das maresias
volte a poesia ...
ou o fim da vida...
15/03/2010
(Inspirado no poema de Marcos Milhazes)