TEMPESTADE NÃO DÁ PROCELA

TEMPESTADE NÃO DÁ PROCELA

Tempestade que tempestade cínica é essa,

Arrasa tudo com um montão de água

Serra abaixo...

Leva tudo que em sua frente atravessa,

Ponte de concreto,

casa de alvenaria,

deixa muita mágoa...

não sobra nada acho...

Quando vem a calmaria

não adianta.

A terra toda revirada...

Não adiantou a Santa,

É recomeçar com a enxada...

Raia o dia após a noturna tragédia,

Manhã tristonha,

Cadê a família vizinha,

Cadê o pão com média...

Desde que a vida é vida assim,

Um eterno começar...

A enxurrada logo de novo vai dar fim...

Goiânia, 15 de março de 2010.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 15/03/2010
Reeditado em 08/09/2010
Código do texto: T2139089
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