[Equilíbrio Minguante]
Sob disco minguante da lua,
eu e as minhas incertezas,
eu e os meus projetos,
eu e uma alegria simples
como a da primeira vez
em que me equilibrei
e andei numa bicicleta!
Nunca, nunca mais
uma sensação de equilíbrio
se igualou àquela!
E tampouco se repetiu
a alegria daquele movimento...
Mas me lembro bem:
era de tardezinha,
e havia, alto, lá no céu,
um arco minguante...
Signo da vida? Sei lá...
Nunca se diz tudo,
e o equilíbrio, parece,
é sempre minguante.
[Penas do Desterro, 21h55 de 13 de março de 2010]