Com a luz acesa
Com a luz acesa
esperas encontrar
a chave para as
tuas angústias
Mas nas gavetas
teu medo é fortaleza
É tão absoluto
quanto os séculos
e séculos de luzes
em que andaste
a buscar passos
inequívocos.
Escolhes por quais
caminhos seguir,
pleno de si, avaliando,
medindo a extensão
do verbo esclarecido
à boca inconsciente.
Todavia,
quanta razão para
ti há em ter os
olhos abertos com
a luz apagada?
No fundo, nos reveses
quando enfim te é
possível reconhecer
as palmas das mãos,
o corpo inteiro
é sutil perceber
a concretude
das coisas como
peso sobre a lâmina
que estende em torno
de ti a sombra, também,
da verdade