TALVEZ EU SEJA MESMO POETA

Talvez a minha poesia caminhe sozinha dentro das minhas próprias mãos.

Como cometa passe queimando o meu leito de sangue e nas horas outras burile a minha existência para contá-la.

Talvez a minha poesia navegue nas profundezas de meu mar e eleve-me de meu rio escondido jorrando ao mundo meu ser. (Secreta e inofensiva existência para os corações pouco afeitos aos sentimentos puros.)

Talvez meu abstrato tenha de real uma força tamanha que surpreenda o sensível leitor. Sua força deva constituir-se da necessidade de expelir meu vulcão interior repleto de amor.

Talvez eu seja mesmo poeta... Um eu-lírico em plena manifestação do sublime e da inexplicável força que impele-me a gritar através da poesia a necessidade de viver!

Alexandre Tambelli
Enviado por Alexandre Tambelli em 10/08/2006
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