No fundo da alma!

Sinto no fundo da alma,
que a vida vale a pena,
grande ou pequena,
que seja intensa!
E para cantá-la vou de poema em poema!
Nos dias imperfeitos
recolho-me sobre as dores em meu peito
e os pensamentos recolho,
para de poema em poema decantá-los!
Que me adiantam as lágrimas?
As raivas?
A vida segue independentemente de mim!
Quase indiferente a meu viver...
O tempo passa celeramente!
Sou eu que moro de instante a instante,
carregando sobre os ombros os pesos de meus arroubos!
E assim vou de poema em poema,
nas minhas noites, perilampos errantes!
Sob a escuridão em meus sentimentos,
sob as instabilidades de meus pensamentos,
que adianta curtir o ranço das dores...
Afinal delas, quais são realmente minhas,
quais doem realmente?

Edvaldo Rosa
12/05/2006
www.sacpaixao.net