Andaimes de cetim
Nasceria jasmim na varanda escarlate
se funéreos braços os olhos lhes vedasse
Cortando e cortando e cortando
o júbilo, a frouxidão de um sopro no recanto
- Cala-te emissário das trapaças!
Os andaimes de cetim ruiriam em sombras
navegando o enxofre das traças
De pregos enferrujados descendo as águas em trombas
Morreria a gaiola da razão
- Esbarra na porta da sandice!
Tropéis de molas partindo-se e crianças chorando
o vermelho das lágrimas escorrendo
E o susto da velhice minguando
Seria o som da lata retorcendo
- Escuta o que te disse!
As vagas dos carros cobertas de lama
atrizes, atores e juízes sem fama
Quanta bonomia em sofreguidão
num esmeiro distorcido...
- Tu serás um amontoado de tralhas!