TEU MAR
Da janela do teu mar,
onde se pôs a fantasiar
o teu próprio tear,
manuseando tua rede
e o teu pensar.
Também fiquei fantasiando,
para o mar infindo olhando...
querendo entender teu derramar,
e assim, somente abarcar.
Tu vistes peixe, pedra e alga
eu vi nada mais que uma alma,
aflorando, abordando de si mesmo,
estafado, porém, grato...
sentindo a vida transpassar.
Suportou o fio da tua rede,
sobreviveu da sede
e da fome de sonhar!