Maestro indomável (a Beethoven)

Óh, nobre maestro indomável

Que fazes com o rosto ao violino?

Tua obra dá liberdade, faz do homem, menino

Absorto, percebo ao longe o som da flauta

E tu, nada ouves, gênio canhoto?

Que dize-me sobre as vibrações que fluem?

Muito mais complexa é tua obra

Evolui acima de minha compreensão

Diga-me: Suas notas, como são?

Memórias, acordes, misantropia

Erro médico, ledo engano

Sem ele, a “Quarta Sonata existiria”?

Inspira-te como o rio que corre insatisfeito

Vai para o mar e o nutre, toma novo caminho, atira-te

Exaltação dionisíaca, tua natureza é nobre e antiga

Quem possui harpas, prefere-as em Ré menor?

És um poeta-músico e melhor é tua pseudo-audição

Tuas cifras, notas, acordes e muita, muita percepção

*Homenagem a Ludwig van Beethoven:

(Bonn, 17/12/1770 – Viena, 26/03/1827)

Marciano James
Enviado por Marciano James em 11/03/2010
Reeditado em 08/02/2012
Código do texto: T2132896
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