O AZUL IÔNICO

Oh, Deus, por que me tomas a vida

Por que, se nem avisas

Estou na areia da praia

A água fugindo

A tontura infinda

O sol sorrindo irônico

O azul iônico

Química no corpo da palavra

Queima

Por que não chove no sertão

De minh’alma

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Este poema foi inspirado na canção SÚPLICA CEARENSE, dos compositores Gordurinha e Nelinho.