Poema sem pretexto I

Nas vagas da bruta espuma

Em que a queixa cogita nua,

Sem sonhos em que se coaduna

Vaga a incerteza da lua.

Sem mais parecer-se vária

No imenso céu em que flutua.

Distante é cor de prata

A imensidade da lua.

Aqui na terra deixa um rastro,

Lá no céu um simples enlevo

De luz no canto sentido e gasto.

Aqui na terra tudo é segredo,

Pois sua essência de dor vazia

Esconde na luz o imenso medo.

*Este poema está no meu livro À MARGEM DO IMPOSSÍVEL

Leon Cardoso
Enviado por Leon Cardoso em 10/03/2010
Reeditado em 31/03/2010
Código do texto: T2131526
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.