SÚPLICA

SÚPLICA

Inspiração,

a ti dirijo-me

toda vez que o sorriso fecha,

a brisa se esconde entre a neblina

e o poema fica travado.

Imploro-te

por um cheiro de guirlandas,

pela cor quente da canela

e por um verso em Ré Menor

que me faça lembrar Beethoven

em sua nona Sinfonia.

Suplico-te:

quando eu for digna desse momento,

que ele seja humilde feito o beija-flor

e grandioso como o entardecer.

Mas que eu esteja lá – em transe –

e nem perceba que a lágrima

às vezes pode ser doce.

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 10/03/2010
Código do texto: T2130054