Chibata
Tentam passar o terrorismo
Por morro,becos e vielas
Mas aqui jaz
Candido poeta negro da favela
Quinhentos anos se passaram
as opressões não mudaram,
ainda existe sinhô
ainda existe feitô
jagunço,capataz,capitão do mato
casando o mulato
com seu jeito brutal ,
hoje policial
A chibata não acabou
nem sumiu
evoluiu ,
A chibata
É quando olha para o umbigo
E fala: – não é comigo,
A chibata
É o cassetete
que priva o manifestante
de exercer seu direito,
A chibata
É o pré-conceito
Aos seus semelhante,
A chibata
È a deslizante
Ilusão
Da televisão
Que quer que você vê
Só pra entreter
Esconder, os abusos do poder
Que nos ensina a se pintar
A se falar,se rotular
Se dividir,se matar
Odiar,
Que não dá ensino
E puni o menino
Que lhe faz ir firme
A profissão que lhe eximi
O crime,
Presidenciado
Por mais um engravatado
Que me prende
Me ofende,
Mas minha bala no pente
Minha gente
Minha arma que dispara
A toda parte
Minha arte,
Minha arte
Minha arma.