Para Baudelaire
Para aquele que o Albatroz
Verteu lágrimas de pranto,
Deixo o receio da hora
Que o verso etéreo inspirou.
Deixo para a memória
O nome da glória atroz.
Sei que não deixo tanto,
Pois muito já se foi feito
E sendo apenas estrangeiro,
E poeta de pouca voz,
Reservo-me o cuidado de velar
A morte do teu Albatroz.
*Este poema está no meu livro À MARGEM DO IMPOSSÍVEL