QUAL FLOR...

QUAL FLOR...

Joyce Sameitat

Me sinto qual flor que recém desabrochada;

Já começa por falta de nutrientes desmaiar...

Uma rosa que mal abriu se vê já desertada;

Antes mesmo que pudesse com outras vingar...

Quando abri meus olhos e cai na real;

Não gostei nada do que eu percebi...

Um mundo cruel e para lá de desleal;

Onde grande parte arvora-se juiz...

Não sabem lidar nem com sua liberdade;

Quem dirá com a das demais pessoas então...

Julgam ser de seu direito e propriedade;

Tomar sobre os outros a sua própria decisão!

O pior de tudo é que são até covardes;

Agem por baixo dos panos sem alardes...

Por raiva, inveja ou o que lhe compraz;

Porquê por natureza é muito incapaz...

De perceber os dons que Deus lhe deu;

Acha bem mais justo e também eficaz...

Ceifar flores que nem semeou mas colheu;

Para vangloriar-se ainda que escondido!

Pobre alma que ao invés de tentar crescer;

Deixa-se levar pelas mãos do encardido...

Se comprazendo em ver outrem fenecer;

Semeando sim... Mas a plantação do inimigo...

Se julgam muito inteligentes, que pobreza.

Principalmente quando não conhecem nada!

Dos sentimentos e também das incertezas;

Que esconde cada flor que é derrubada...

Desfalecida que estou, flor tão desmaiada;

Que procura contra tais coisas até lutar...

Entrego-me as Mãos do Pai nas alvoradas;

Pedindo para me dar forças e me levantar!

Mundo perdido;

Muito ferido...

Pela insensatez!

Cadê o meu siso;

Porquê eu preciso;

Dele com avidez!

São Paulo, 24 de Janeiro de 2010

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 09/03/2010
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