Ode ao carro-de-boi!

O choro lento... dolente,

que se propaga ao vento,

já não se houve presente,

pelo avanço do tempo.

É o carro-de-boi que chora

com o peso do caminhar,

pelas veredas de outrora

de um sertão secular.

E o coração do menino

se entristece e contrai,

deixa seu rosto alcalino,

já não se escuta seus ais.

Se foi o carro-de-boi

emudecendo o sertão,

compondo um canto que foi

um hino pro coração!

Carlos Soares
Enviado por Carlos Soares em 09/03/2010
Código do texto: T2128674
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