A MORTE DO POETA

Sábias mãos que o guiavam
conduzindo as palavras sobre tinta e papel
Eis que os pensamentos vagavam
buscando os mistérios entre o inferno e o céu
Sob o papel amarelado  a tinta fria
desenhando as letras de tudo que sentia

Sentimentos que explodiam no peito
No olhar o desejo sem jeito
Triste dia quando o amor lhe partiu
levou consigo seus sonhos e fantasias
e já na porta impudente lhe sorriu
furtando-lhe o ar e as fotografias

O poeta entristecido
pouco a pouco morrendo no vazio
solitário em sua dor acometido
fez-se sombrio, o amor tardio
E todo versejar fugiu
ao silêncio foi jogado, a sanidade diluiu

E assim passaram-se os dias ,aprofundado em sua nostalgia
junto o amor levara a sua inspiração e poesia
Nada restou ao poeta sonhador
somente os ecos dilacerantes da dor
O poeta não mais escrevia...

Seu último ato foi um poema de entrega total
Antes de partir, sua despedida foi marcada
no papel envelhecido, pelas traças ruído
uma lágrima como súplica final



Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 08/03/2010
Código do texto: T2127774
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