PRAZER ULULANTE...
Teu sopro em meu rosto, ventando aragem gostosa,
pêlo em seda pink-majetosa; tez suada carmim de fruta Potiguar briosa.
Palavra acesa, tesa dentro em mim, um curumim ébano fogoso; rimar de simples gozo, encantado assim.
Sobre o lombo do meu sonho, tua manta, tua cela, o prensar da tua costela, tonta e tanta aquarela.
E sobre elas - tua manta, tua cela, o tecido negro da minha pele -, cavalgas e salgas e esmagas minha célula.
Rêlho ardente, de amazona-café, vívida, luminosidade esvoaçante, urro avante.
Poetar assim, é prazer ululante ...
Tony Guedes