TÔDA AUSÊNCIA
TODA AUSÊNCIA
Encosto à vida,
Deixo-a estática sem vida,
Recolho-me na ausência
Sozinha no naufrágio da existência.
Tranco as portas
Fecho todas às janelas,
Escondo-me do mundo
Fechada com minhas reservas.
Vejo o passar dos dias,
Quem sabe meses e anos,
Passam como toda ilusão da vida
Desengano natural
Febre, cegueira e dor
Caos existêncial, ironia do mundo real.
Vou-me esconder do medo,
Perder-me dos velhos conceitos,
Deixar de sofrer enganos
Mergulhar para bem longe
Do roteiro dos velhos enredos.
MÁRCIA ROCHA
07/03/2010