OS ARES DA VENTANIA
OS ARES DA VENTANIA
Passei a vida escondido dentro do meu caracol,
Escondia-me da chuva,
Da ventania,
Do sol...
Um dia a carcaça dura se quebrou em mil...
Como é gostosa a água da chuva,
Refrescante os ares da ventania,
E é lindo o céu azul anil...
Alguém veio me proteger com um lençol,
Cobrindo-me das águas da chuva,
Da frieza da ventania,
Dos raios quentes do sol...
Colou minha pesada carcaça com cerol,
Juntando os cacos mil...
Adeus céu azul de anil,
Voltei tristemente a ser o enrustido caracol...
Goiânia, 28 de fevereiro de 2010.